Elias Andreato lê trechos de Alphonsus de Guimarães na Bienal do
Livro - RJ-2011
*O áudio não está tão bom, mas vale o registro. Acompanhem com a letra que fica mais fácil.
SONETO DA DEFUNTA AMADA Quando te fores, branca, de mãos postas, E me deixares neste val de pranto, Deitada assim, como as demais, de costas Sobre o teu leve esquife de pau-santo: Quando as rosas dos seios, decompostas, Vierem causar à própria morte espanto, E nessas tábuas vis, onde te encostas, Te for o lodo o derradeiro manto: Ainda hei de ver as lúcidas violetas Que floriram no teu olhar incerto, Por sob as tuas sobrancelhas pretas... Ai! como Inês tu não serás rainha: Mas amada hás de ser no céu decerto Porque na terra nunca foste minha...
Nenhum comentário:
Postar um comentário