Elias,
que presença de palco, que figurino, que texto, que ideário genial, que
simbologias, metáforas agonizantes, histéricas de tão... não banais.
Moço....seus
sapatos que lembram um medievo nordestino, um chapéu enfeitado com pequenos sóis
que iluminam suas palavras....
E, esse
carrinho ambulante, extremo dos confins da terra...que é tudo isso ? saiu de
uma vertigem, de um tonel de ilusões, pensamentos, memórias de tempos ?
Dissipe os
elementos, cheguei e aqui fiquei, arriba dessa touceira, meu grito é fortaleza,
ouvidos ? gritarei com hercúlea força: gentes, cheguem, tragam
suas
trouxas...de pensar, de amar, armazenar...idéias ainda não concebidas,
embalsamadas, não vividas. Sintam o cheiro da maré, dejetos de praia
incandescente,
fogo de istmo, fogo de gente. Não perca seu tempo, nos bbb. Nas bobagens
dejavistas há séculos, Vire a pagina, rasgue a pele do conhecido
Sangre em
sangue vivo, desconhecido queira chorar, ou rir não importa se descobrir
que nada é nada que nada é tudo...a ser desvendado.
Seu
texto....
Privilégio...tê-lo
em mãos....
Abs.
Lilian
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Querido,
você esteve imenso hoje naquele palco.
Esse espetáculo não é para ver, é para sorver.
(como ler Guimarães, quando acaba você quer de novo..)
Meu Deus! como te expicar o que senti?
Primeiro o prazer de te ver em cena,
depois o prazer de ouvir aquelas poesias tão claras,
e começar a verter lágrimas, num êxtase de palavras e
sentidos,
ao ver o artista Elias, inteiro, falando claramente da suas
escolhas, da sua vida, da sua arte,
e logo minhas lágrimas eram de medo..
um medo singelo de perdê-lo,
de que saias por aí, andante que és.
Me leva com você.
bj,
Sua Maria Melissa